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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Desafios para o protestantismo brasileiro

Três fatos novos alteram o protestantismo brasileiro contemporâneo. Neles devem se concentrar os nossos debates pelos próximos 100 anos.

O primeiro deles é o abandono da mentalidade de minoria. Segundo estimativas, 2022 é o ano da virada numérica do protestantismo no Brasil, ultrapassando a casa dos 50% da população brasileira. Isso muda tudo. A teologia da empregada doméstica é diferente da teologia da patroa, da mesma forma que os Estados Unidos eram vistos como a Canaã da liberdade pelos brancos e como o Egito da escravidão pelos negros trazidos à força. Isso mexe com a postura política, a visão do poder, do enriquecimento e tudo mais, além de trazer para dentro do protestantismo os dilemas e contradições de uma sociedade descomprometida com os valores cristãos.

O segundo desafio para o protestantismo é o avanço do animismo dentro do meio evangélico. Enquanto a reforma protestante combateu a fé no poder de objetos, como ídolos, água benta e relíquias, presenciamos uma avalanche de objetos de poder que invadiram os arraiais protestantes: sal, água, fotos, roupas, plantas, objetos, etc. Talvez o animismo presente no protestantismo hoje já seja uma decorrência de seu crescimento numérico, provocando o batismo e apropriação de teologias populares, tão comuns ao substrato religioso romano, indígena e africano que forma o brasileiro.

Por outro lado, temos ainda um terceiro fato novo, que é o carismatismo católico. Este movimento de reação ao crescimento protestante empresta dos grupos protestantes, além da glossolália carismática, os cânticos, a linguagem e a liturgia, elementos comuns aos protestantismos de linha tanto pentecostal quanto não-pentecostal, avança dia após dia para um evangelicalismo. Ou seja, é um movimento que se iguala em muito ao protestantismo, embora historicamente o protestante tenha buscado sua identidade por afastar-se do catolicismo. O desafio será discernir o que é ser evangélico num contexto de crescente evangelicalismo católico.

Estes três fatores, associados, produzem como resultado uma confusão de identidade no protestantismo que até pouco tempo se definia em termos anticatólicos. O que é ser protestante hoje? O que é ser cristão? Quem é de fato meu irmão? Parece que não dispomos de categorias quer teológicas quer sociológicas para entender ou sequer verbalizar o fenômeno. O fato é que o número dos sem religião cresce, especialmente nos estados de maior concentração de evangélicos. Frustradas com o catolicismo e, agora, com o protestantismo, pessoas se declaram sem religião.

A meu ver, estes são três fatos novos que se constituem em três grandes desafios para o protestantismo brasileiro. O que você acha? Pense nisso.

Pastor Roberto

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